A DOR QUE CUROU MINHA ALMA
Umas das experiências mais didáticas da vida é a privação. Pois ela, com a falta de algo, a importância do mesmo.
Digo isto, em uma das muitas tentativas frustradas que eu tive de dormir um sono restaurador e me encontrei em prantos e frustrado. A fadiga e tontura consequência do baixo nível de serotonina no meu organismo, me é como um teste de paciência e de fé, onde sou tentado a ver as coisas de valor que me são contemplados em meio a privação de sensações e condições para um vida com qualidade.
Meus olhos ardentes e pesados de sono, somado a lentidão do meu raciocínio, me impedem de gozar de uma das maiores alegrias da minha vida, ler um bom livro.
Me encontro convencido de que é contraproducente empreender tempo e esforço buscando um bem que meu atual estado me impede de aproveitar.
Após chegar a esta conclusão, me deito lutando ferrenhamente contra os trilhares de pensamentos que me impedem de ter a tranquilidade necessária para dormir e pelo menos me iludir, como se eu conseguisse acordar descansado. Mas esses pensamentos me privam de gozar dessa ilusão.
Minha natureza gananciosa aflora, me deixam mais embebido de anseios de alcançar coisas, que com certeza não me trarão paz por si só. E essa guerra entre emoções e razão ocorrem em momento inoportuno.
A luta do meu corpo contra a medicação que colocará o "pingo nos i" do meu sono, potencializam os sintomas.
Isto tudo me faz ver o valor que há em ver cachorros brincando, pássaros voando ou de conseguir ir ao banheiro regularmente.
De certa forma sou sortudo por ser assolado por esse tormento, que me assolará por algum tempo mais, de forma que eu tenha a oportunidade de observar a futilidade dos nossos empreendimentos e ter a nova oportunidade de dar valor aquilo que tem realmente importância.
Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.
2 coríntios 12:10
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